
O que queremos então escrever? Vitorino Nemésio escreveu sobre os Açores; Raul Brandão escreveu sobre os Açores; recentemente, Gonçalo Tocha filmou os Açores e a Karnart construiu uma perfinst sobre os Açores a partir dos textos de Brandão. Obviamente está longe de estar tudo dito, mas quisemos escolher o nosso próprio ponto de partida.
Como terra de emigração por excelência, os açorianos têm (supomos) um espólio de cartas trocadas entre os seus familiares e amigos que trazem carimbos de todas as partes do mundo. Inclusivamente – sabemo-lo há pouco – aqueles que não sabiam escrever enviavam por correio cassetes gravadas às suas famílias. Estas práticas traduzem-se num ato íntimo (que não é nossa intenção devassar) e num relato fiel do ser açoriano (esperamos). A emigração tem este paradoxo: torna o emigrante mais português, porque ele quer reconstruir a pátria à sua volta, esteja onde estiver, para colmatar as saudades e a ausência de certos sabores e temperaturas.
360 é relativo à infinitude da ilha enquanto território circular, mas também uma analogia às voltas do correio e às tornas a casa dos bons filhos da emigração.
Estamos a iniciar o projeto com alguns parceiros açorianos: Maria Simões (Descalças - Cooperativa Cultural), Tiago Melo Bento e Montserrat Siges (Associação Corredor) e Susana Moura (Teatro Mensagem). Com eles estamos a criar uma rede de contactos no sentido de construir uma base de dados de correspondência açoriana.
Todos os que tiverem uma costela atlântica e um baú recheado de postais antigos podem contactar-nos através deste site.
Estamos a iniciar o projeto com alguns parceiros açorianos: Maria Simões (Descalças - Cooperativa Cultural), Tiago Melo Bento e Montserrat Siges (Associação Corredor) e Susana Moura (Teatro Mensagem). Com eles estamos a criar uma rede de contactos no sentido de construir uma base de dados de correspondência açoriana.
Todos os que tiverem uma costela atlântica e um baú recheado de postais antigos podem contactar-nos através deste site.
Obrigado!